Estudos revelam que humanos amam mais os cães do que as pessoas
Alguns estudos revelam que, quando se trata de sentir empatia, muitos humanos preferem os cães a outras pessoas.
Sociólogos e antropólogos da Northeastern University e da University of Colorado ponderaram que quando há relatos de animais necessitados nas manchetes dos jornais, o nível de indignação é, às vezes, maior do que quando as tragédias afetam os humanos.
Os investigadores pediram a 256 estudantes universitários que lessem uma reportagem fictícia e revelassem os níveis de empatia por um humano brutalmente espancado em comparação com um cachorrinho.
Os alunos sentiram mais empatia em relação aos cães do que aos humanos adultos. Segundo o estudo, “a idade faz diferença para a empatia em relação às vítimas humanas, mas não para as vítimas de cães.” O estudo também menciona uma instituição de caridade britânica que conduziu um experimento que consistia numa campanha de arrecadação de fundos, com duas versões do mesmo anúncio.
“Ambos continham um texto que dizia: ‘Você daria £ 5 para salvar Harrison de uma morte lenta e dolorosa?’ Uma versão trazia uma foto do verdadeiro Harrison Smith, um menino de oito anos diagnosticado com Duchenne (Distrofia Muscular). O outro apresentava uma foto de um cachorro”, diz o estudo.
Quando os anúncios foram veiculados, com links para doar para a instituição de caridade, o que mostrava o cachorro atraiu o dobro do número de cliques (230) em relação ao do menino (111).
“Pode ser que muitas pessoas avaliem cães como vulneráveis, independentemente de sua idade, quando comparados a humanos adultos. Em outras palavras, os cães, jovens ou adultos, são vistos como possuidores de muitas das mesmas qualidades associadas aos bebês humanos”, diz o estudo.
O psicoterapeuta Justin Lioi concorda. “Somos mais capazes de ter empatia com alguém que consideramos ter pouca culpa por suas circunstâncias”, disse Lioi. “Cães e bebês são a definição de ‘inocência’ e estamos mais propensos a correr para os apoiar”, completou.
A Dra. Kathrine McAleese, socióloga e psicoterapeuta sistêmica, tem clientes que trabalham extensivamente com cães. Ela disse que vê esse fenômeno regularmente. “As pessoas que se encaixam nos resultados deste estudo muitas vezes consideram os animais inocentes e humanos como não tendo a mesma pureza”, disse McAleese.