Queimadas consomem hectares no AM e geram prejuízo para agricultores

Todo ano, as queimadas consomem milhares de hectares de florestas e campos da Amazônia. O fogo se espalha por sítios e fazendas, trazendo prejuízo para agricultores e meio ambiente. O cenário de morte tornou-se mais comum na Amazônia, no ano passado.

A fazenda Francisco de Assis, no município de Porto Velho, tem mil hectares e 500 cabeças de gado de corte. Diante do incêndio que avançava rapidamente pelo pasto, Joelma de Oliveira, funcionária de uma fazenda da região, parece estar em desespero. O filho Carlos Eduardo, de nove anos, também ajuda.

Depois de duas horas, os funcionários da fazenda conseguiram controlar o fogo com ajuda de um trator e uma mangueira d’água. Mas, boa parte do pasto já estava toda destruída. Um cenário de morte que está cada vez mais comum na Amazônia.

O pecuarista Emanuel Marques, dono da propriedade, disse que o fogo veio uma área vizinha. Segundo ele, as queimadas na região sempre causam preocupação e prejuízos. “Isso dá uma tristeza muito grande. Eu não queria estar aqui vendo isso”, lamenta.

O produtor explicou que o capim queimado rebrota naturalmente, mas o piquete inteiro terá que ficar isolado, sem gado, por três ou quatro meses. “Se eu botar o gado, eles vão comer o broto que vai estar renascendo e acaba com o capim. E não come o capim seco lá”, explica.

O Ibama conta com algumas equipes de brigadistas. São funcionários temporários que combatem queimadas durante a chamada ‘temporada do fogo’, que ocorre de julho a dezembro em Rondônia. O serviço do dia ocorre embaixo de uma linha de transmissão de energia. A equipe enfrenta as chamas com água, carregada em pulverizadores costais, e um abafador. Desde o início do ano, a Amazônia registrou mais de 80 mil focos de queimadas.

As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe, que fica em São José dos Campos, São Paulo. O engenheiro Alberto Setzer coordena o Projeto de Monitoramento de Queimadas, baseado em imagens de satélite. “Com certeza por trás do fogo tem ação humana”, diz.

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