Americanos localizam ninho de vespas asiáticas gigantes que predam abelhas

Especialistas seguiram o inseto — capaz de destruir uma colmeia em apenas algumas horas — com um dispositivo rastreador

Espécies invasoras muitas vezes são um problema na natureza, seja competindo por recursos com espécies nativas, se reproduzindo de maneira descontrolada ou até mesmo predando outras espécies naturais daquele habitat. Esse é o caso da vespa asiática gigante, também conhecida como “vespa assassina”, porque se alimenta de outros insetos menores.

No estado de Washington, nos EUA, cerca de uma semana depois que uma vespa asiática gigante foi avistada, funcionários do Departamento de Agricultura de Oregon conseguiram localizar um ninho em uma área rural, uma tarefa bastante difícil.

De acordo com o departamento, o ninho foi encontrado após especialistas colocarem rastreadores em três vespas. Segundo o The Guardian, uma conseguiu se desvencilhar do dispositivo, outra nunca foi localizada e a terceira eventualmente levou a equipe até a sua casa.

Nativas da Ásia, essas vespas representam uma ameaça às abelhas e às espécies nativas de vespas. Se não forem controlados, os vespões podem destruir uma colmeia de abelhas em apenas algumas horas, alimentando-se das larvas e decapitando as abelhas no que os cientistas chamam de “fase de abate”, alimentando seus próprios filhotes com partes cortadas do corpo dos outros insetos.

“O trabalho em equipe tem sido a chave para o sucesso desse esforço”, disse Sven Spichiger, entomologista gerente do departamento de agricultura local. “Seja o público relatando avistamentos e construindo armadilhas ou as agências estaduais e federais trabalhando juntas, este é realmente um modelo de sucesso no manejo de espécies invasoras”, acrescentou.

No estado norte-americano da Dakota do Norte, o principal produtor de mel do país, as abelhas estão enfrentando outra ameaça: a seca.

De acordo com a agência Reuters, a escassez de colônias de abelhas no estado é tão grande que está colocando em risco safras comerciais como amêndoas, ameixas e maçãs na Costa Oeste, bem longe dali. Isso porque apicultores do Meio Oeste transportam seus insetos enfraquecidos pela seca de caminhão para fazendas da Califórnia no inverno para polinizar plantações da região.

Agora, a escassez de colônias de abelhas e os custos mais altos para alugá-las para serviços de polinização devem aumentar os desafios dos produtores da Costa Oeste, que também estão lidando com a seca e, na Califórnia, com os custos crescentes da água. O resultado final pode ser um aumento geral de custos para os consumidores nos supermercados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *