Vulcão na Islândia: as impressionantes imagens de rios de lava perto da capital
A erupção do vulcão Fagradalsfjall, na Islândia, gerou imagens impressionantes de rios de lava e um brilho incandescente visível de Reykjavik, capital do país.
O serviço meteorológico do país alertou o público sobre queda de pedras e deslizamentos de terra quando começou a erupção do vulcão, localizado no vale Geldingardalur, na península de Reykjanes.
Esta erupção ocorre depois de a área ter registrado mais de 50 mil tremores nas últimas três semanas.
Em 2010, a erupção de outro vulcão, o Eyjafjallajokull, interrompeu o tráfego aéreo em toda a Europa. Já a erupção do Fagradalsfjall, no entanto, não deve afetar a aviação.
O Escritório Meteorológico da Islândia revelou que a erupção do Fagradalsfjall foi confirmada na noite de sexta-feira por meio de webcams e imagens de satélite. Poucas horas antes, um terremoto de magnitude 3,1 foi identificado a 1,2 km do vulcão.
Em 2019, foram registrados 3,4 mil tremores. Em 2020, aconteceram 34 mil. E desde 24 de fevereiro deste ano dois terremotos de magnitude maior que 5 foram seguidos por uma série de tremores intensos, totalizando mais de 50 mil até meados de março.

CRÉDITO,SERVIÇO METEOROLÓGICO DA ISLÂNDIA Legenda da foto, O vulcão Fagradalsfjall está localizado a cerca de 30 quilômetros ao sul da capital da Islândia, Reykjavik
A causa dos tremores nas últimas semanas na Islândia se deve ao movimento de grandes massas de rocha derretida, conhecida como magma.
O magma está se movendo a um quilômetro abaixo da península, tentando encontrar um caminho para a superfície.
“Em termos gerais, essa atividade sísmica está associada à atividade vulcânica do local”, afirma um funcionário do departamento de informação do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
É um fenômeno diferente do que acontece em outros lugares conhecidos por fortes terremotos, como México e Chile.
“Esses terremotos ocorrem devido a falhas nas zonas de subducção”, explica o especialista do USGS. “É quando duas placas tectônicas se encontram e uma empurra a outra.”
Uma das maiores zonas de subducção fica no Oceano Pacífico — o chamado “cinturão de fogo” —, que abrange vários países da América Latina.
A pressão das placas gera uma tensão que é liberada com terremotos devastadores.