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Aneurisma da aorta, como de Otaviano Costa, pode ser encontrado em cerca de 2% da população acima de 50 anos

Aneurisma da aorta, como de Otaviano Costa, pode ser encontrado em cerca de 2% da população acima de 50 anos

Ator e apresentador, de 51 anos, contou que descobriu a doença há cerca de 30 dias

O ator e apresentador Otaviano Costa, de 51 anos, contou nessa segunda-feira (22) que foi submetido a uma cirurgia no peito devido a um aneurisma da aorta. Em vídeo publicado no Instagram, o marido da atriz Flávia Alessandra, de 50, afirmou que descobriu a doença há cerca de 30 dias, quando começou a sentir dores abdominais e se consultou com um cardiologista no dia 6 de junho, um dia antes do aniversário da esposa.

“Em um simples ecocardiograma, ele detectou o avanço de algo que estava colocando a minha vida em risco. Eu estava com um aneurisma da aorta ascendente torácica em um nível muito perigoso. O aneurisma é um inchaço da veia. A qualquer momento eu poderia ter o rompimento da minha aorta e assim ser irreversível”, contou o apresentador.

Ele então passou por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, na semana passada, sob supervisão do cardiologista Roberto Kalil Filho. “Resolvemos apontar a cirurgia como solução definitiva para esse risco, que não seria justo eu mais correr. E não seria justo para as minhas meninas, para a minha família e meus amigos, viver uma vida sob tanto risco, sabendo dessa informação. A cabeça começou a girar porque não é uma cirurgia pequena, é uma cirurgia muito invasiva. Eu estava muito apreensivo. Minha vida estava em risco. Fiz a cirurgia, passei três dias na UTI e agora estou aqui, em apartamento da unidade coronariana do Sírio-Libanês. E estou vivo”, celebrou, contando que continuará o tratamento em casa.

“Celebrando hoje uma semana da cirurgia e também recebo a notícia da minha alta. Ainda estou com dreno, ainda estou com acesso, mas vamos para a recuperação. E agora, com muita paciência, começou a fazer minha volta à vida. Não é fácil. É um recondicionamento físico com muita fisioterapia. Agora é viver a vida plenamente, sem risco nenhum, só acompanhar”, afirmou.

Otaviano Costa anuncia que passou por cirurgia no coração
Otaviano Costa anuncia que passou por cirurgia no coração

Fatores de risco da doença

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o aneurisma da aorta pode ser encontrado em cerca de 2% da população acima de 50 anos, 5% em homens com mais de 70 anos e 20% em irmãos de pessoas que já receberam o diagnóstico do problema.

À QuemClaudio Tinoco, coordenador da área de Medicina Nuclear do Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, explica que a aorta é a maior artéria do corpo humano, alonga-se desde o coração, passa pelo tórax e vai até o abdômen, onde se divide para fornecer sangue às pernas. ”Quando a aorta dilata e apresenta um diâmetro 50% superior ao normal, dizemos que estamos perante a um aneurisma da aorta”, diz o cardiologista, acrescentando que o aneurisma de aorta é uma condição de alto risco, uma vez que ela pode romper e matar o paciente.

De acordo com o cardiologista Antonio Amorim, Membro do Comitê de Comunicação da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os principais fatores de risco que podem levar o paciente ao quadro de aneurisma de aorta são: a idade (em torno dos 60 aumenta a possibilidade de ter a doença); o sexo masculino (nos homens é encontrado mais frequentemente esse quadro de aneurisma de aorta); a questão genética também é muito importante (se você tem parentes de primeiro grau que têm a doença, precisa manter uma vigilância); doenças crônicas (hipertensão, diabetes ou colesterol elevado, por exemplo, facilitam problemas nos vasos); e hábitos de vida (principalmente o cigarro).

“Para prevenir, as pessoas precisam ter um estilo de vida mais saudável, evitar tabagismo, ter uma boa alimentação e fazer atividade física. Se o paciente tem alguma doença crônica ou algo que possa favorecer isso a longo prazo, como hipertensão, diabetes e colesterol alto, precisa ter essas doenças controladas e fazer avaliações periódicas/exames anuais com o seu cardiologista”, orienta Antonio Amorim.