Adeus, ar-condicionado? Novo cimento mantém prédios mais frios que o ar ambiente

Tecnologia chinesa reduz consumo de energia, corta emissões e oferece alternativa inovadora ao ar-condicionado
O problema do cimento tradicional é que ele absorve a radiação solar e retém calor, aumentando a temperatura interna dos prédios.
Para contornar isso, a equipe liderada por Wei She modificou a fórmula do material: incorporou minúsculos cristais refletivos de etringita, que permitem que o cimento reflicta a luz solar e emita calor em vez de absorvê-lo.

Descobertas do estudo
- Nos testes realizados no telhado da Universidade Purdue, nos EUA, o material ficou 5,4 °C mais frio que o ar ambiente sob sol intenso.
- Ele também demonstrou alta durabilidade em análises mecânicas, ambientais e ópticas.
- Com apoio de algoritmos de aprendizado de máquina, os pesquisadores calcularam que o novo cimento poderia alcançar uma pegada de carbono líquida negativa em 70 anos, transformando uma das indústrias mais poluentes do mundo.
- “Transformamos de forma inovadora materiais de cimento de absorvedores de calor em refletores de calor”, destacaram os autores.

Alternativa para diminuir consumo de energia
Se adotado em larga escala, o cimento super-resfriado pode reduzir drasticamente o consumo de energia em edifícios, que hoje respondem por cerca de 40% da demanda global, além de criar cidades mais frescas, saudáveis e sustentáveis.


Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.