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5 plantas brasileiras que estão em risco de extinção e você nem imagina

5 plantas brasileiras que estão em risco de extinção e você nem imagina

As espécies pertencem a diferentes biomas e foram listadas pelo Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora)

Dados apresentados no Livro Vermelho da Flora Brasileira, publicado em 2013, apontam que diversas espécies nacionais estão ameaçadas de extinção. A publicação, que é de autoria do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), reúne vegetais de diferentes biomas, que são categorizados a partir da classificação “pouco preocupante ou seguro” até o nível completamente “extinto”.

A seguir, listamos cinco plantas que correm risco de extinção, de acordo com as informações compiladas pelo CNCFlora.

1. Astromélia (Alstroemeria caryophylla)

Astromélia (Alstroemeria caryophylla) — Foto: M.O.O. Pellegrini

Astromélia (Alstroemeria caryophylla) — Foto: M.O.O. Pellegrini

Nativa da Mata Atlântica, a espécie pode ser encontrada nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Caracteriza-se por ervas perenes e aparece no segundo estado de conservação mais grave para o desaparecimento de vegetais. Isso significa que a Alstroemeria caryophylla pode ser extinta em um futuro próximo.

Segundo a publicação, “seu habitat encontra-se extremamente fragmentado, estando sob ameaça constante da expansão urbana desordenada, práticas agrícolas, pastagens e extração madeireira.”

2. Quaternella glabratoides

Quaternella glabratoides — Foto: Maria Salete Marchioretto

Quaternella glabratoides — Foto: Maria Salete Marchioretto

Outra espécie que ocupa o mesmo grau de risco é a Quaternella glabratoides, que também é originária da Mata Atlântica. De acordo com os pesquisadores responsáveis, as áreas em que a planta nasce estão em declínio, além de sofrerem com a diminuição da qualidade do entorno. No município de Bonsucesso de Itararé, em São Paulo, por exemplo, a mineração é uma das causas da diminuição da vegetação nativa.

3. Amarílis (Hippeastrum papilio)

Amarílis (Hippeastrum papilio) — Foto: Julie H. Dutilh

Amarílis (Hippeastrum papilio) — Foto: Julie H. Dutilh

Considerada em estado de perigo crítico, a Hippeastrum papilio está presente no estado do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A justificativa para a situação atual é que “a espécie é extensivamente retirada da natureza por ser muito valorizada no mercado de plantas ornamentais e por colecionadores de plantas raras”, afirma a publicação.

Além disso, a especialista Maria Marta V. de Moraes afirma que outra questão que afeta o vegetal é a existência de pouquíssimas subpopulações no Brasil, que não estão protegidas por unidades de conservação.

4. Annona maritima

Annona maritima — Foto: Cláudio Augusto Mondi

Annona maritima — Foto: Cláudio Augusto Mondi

A planta está sujeita a algumas situações de ameaça, incluindo agricultura, pecuária e introdução de vegetais exóticos nas suas áreas de ocorrência, que estão na Mata Atlântica e nos Pampas. Conforme a avaliadora Tainan Messina, suspeita-se ainda da perda e degradação de habitat, que podem “causar extinções de subpopulações da espécie, caso as ameaças não sejam controladas.”

5. Araucária (Araucaria angustifolia)

Araucária (Araucaria angustifolia) — Foto: Eline M. Martins

Araucária (Araucaria angustifolia) — Foto: Eline M. Martins

Presente nos estados de Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, a Araucaria angustifolia é uma espécie madeireira, que sofreu redução populacional muito severa ao longo do último século.

O especialista Pablo Viany Prieto explica que, apesar de ser protegida por lei, a espécie é ameaçada pela construção de usinas hidrelétricas na Região Sul, o que vem causando o desaparecimento de importantes remanescentes de florestas com araucárias.