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Impacto de asteroide na Lua em 2032 pode causar chuva de detritos sem precedente

Impacto de asteroide na Lua em 2032 pode causar chuva de detritos sem precedente

asteroide 2024 YR4 pode se chocar com a Lua em 2032 e, caso aconteça, o impacto talvez cause uma verdadeira chuva de detritos que, embora seja perigosa para satélites na órbita da Terra, seria uma chuva de meteoros espetacular. É o que concluiu um novo estudo liderado por Dr. Paul Wiegert , da Universidade de Ontário, no Canadá.

Se o nome do asteroide soa familiar, é porque este objeto chamou a atenção da comunidade científica ao apresentar inicialmente chance de 3% de atingir a Terra em 2032. Com observações posteriores e dados do telescópio espacial James Webb, os astrônomos concluíram que o risco era de apenas 0,0017%, ou seja, praticamente nulo.

Modelo do asteroide em 3D (Reprodução/International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/M. Zamani)
Modelo do asteroide em 3D (Reprodução/International Gemini Observatory/NOIRLab/NSF/AURA/M. Zamani)

Mesmo assim, as chances de o objeto atingir a Lua subiram para 4,3% — caso aconteça, este vai ser o maior impacto ocorrido na Lua nos últimos 5 mil anos. Para Wiegert, a quantidade de energia liberada seria comparável àquela de uma grande explosão nuclear.

Através de simulações, os pesquisadores descobriram que o impacto pode abrir uma cratera de cerca de 1 km de diâmetro e lançar inúmeros detritos espaciais em direção à Terra — isso se a colisão ocorrer, claro. A maioria dessas partículas iria medir de alguns milímetros até centímetros e queimaria ao entrar na atmosfera, proporcionando uma bela chuva de meteoros.

A má notícia é que, apesar de grande parte das rochas ser queimada na atmosfera, algumas poderiam entrar em órbita. Neste caso, os fragmentos rochosos podem ser perigosos para satélites, espaçonaves tripuladas e para astronautas em missões espaciais.

“Uma rocha de apenas 1 cm viajando a dezenas de milhares de metros por segundo é muito parecida com uma bala [disparada]”, alertou Wiegert.

Assim, o estudo sugere que as análises de defesa planetária devem ser ampliadas para incluir ameaças de objetos longe dos arredores da Terra. Ainda, os autores reforçam a importância de continuar monitorando objetos espaciais próximos do nosso planeta.

The Guardian