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“Aproximei-me tanto da natureza que me tornei natureza”: frases de Sebastião Salgado sobre nosso Planeta, suas belezas e desafios

“Aproximei-me tanto da natureza que me tornei natureza”: frases de Sebastião Salgado sobre nosso Planeta, suas belezas e desafios

Salgado parte, mas seu olhar e engajamento na luta socioambiental permanece como semente, memória e esperança de que ainda há tempo para proteger o que importa

Com uma trajetória marcada pelo compromisso humano e ambiental, Sebastião Salgado, que faleceu nesta sexta (23), nos ensinou a ver — não apenas com os olhos, mas com a consciência.

Ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado, criou o Instituto Terra, que reflorestou milhares de hectares da Mata Atlântica em Minas Gerais e se tornou uma referência em recuperação ambiental. Mas, mais do que restaurar ecossistemas, o casal semeou esperança, mostrando que é possível reconstruir o equilíbrio entre o ser humano e a natureza.

Reconhecido mundialmente por sua fotografia sensível e comprometida, “Tião” percorreu regiões muitas vezes esquecidas, revelando a força e a beleza dos povos originários. Seus projetos narraram, em preto e branco e com potência visual única, culturas ancestrais e modos de vida em sintonia com a floresta, oferecendo um retrato respeitoso e urgente da Amazônia — e de seus verdadeiros guardiões.

Sua obra foi além da estética. Foi denúncia, escuta e resistência. E, sobretudo, um gesto de cuidado — com o planeta e com histórias que jamais deveriam ser silenciadas. Salgado parte, mas seu olhar permanece como semente, memória e esperança de que ainda há tempo para proteger o que importa.

A seguir, frases de Sebastião Salgado sobre nosso Planeta, suas belezas e desafios.

“A natureza é a grande arte do planeta. Nossa missão é preservá-la”

Foto da chuva sobre o Rio Negro, no Amazonas, em 2019 — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação
Foto da chuva sobre o Rio Negro, no Amazonas, em 2019 — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação

“Se conseguirmos conscientizar as pessoas de que, juntos, poderíamos fazer as coisas de outra maneira, poderíamos salvar essa grande floresta da qual dependemos para a biodiversidade e também para esta grande reserva cultural que são os povos indígenas que vivem na Amazônia”

 

Xamã Ângelo Barcelos (Koparihewe, que significa "Chefe do Canto" ou Voz da Naturez"), da Comunidade de Maturacá. — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação
Xamã Ângelo Barcelos (Koparihewe, que significa “Chefe do Canto” ou Voz da Naturez”), da Comunidade de Maturacá. — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação

“Precisamos ser inteligentes o suficiente para sobreviver”

“A Terra só se salvará com mais árvores, mas o tempo está se esgotando”

Rio Jaú em imagem da exposição 'Amazônia' na Filarmônica de Paris. — Foto: Sebastião Salgado
Rio Jaú em imagem da exposição ‘Amazônia’ na Filarmônica de Paris. — Foto: Sebastião Salgado

“Eu plantei 3 milhões de árvores. Elas me reconstruíram”

 

Instituto Terra: projeto de reflorestamento no Brasil, que Sebastião criou com sua esposa em 1998. — Foto: Gabriel Reis/ Valor e Um Só Planeta
Instituto Terra: projeto de reflorestamento no Brasil, que Sebastião criou com sua esposa em 1998. — Foto: Gabriel Reis/ Valor e Um Só Planeta

Constatamos que o mundo está dividido em duas partes: de um lado a liberdade para aqueles que têm tudo, do outro a privação de tudo para aqueles que não têm nada”

“Minha maior esperança é provocar um debate sobre a condição humana do ponto de vista dos povos em êxodo de todo o mundo.”

 

Fotografia da Serra Pelada. — Foto: Sebastião Salgado
Fotografia da Serra Pelada. — Foto: Sebastião Salgado

“Estamos destruindo a natureza em toda parte. Precisamos da natureza e das árvores. Espero que em algum momento as pessoas entendam que precisamos parar de destruir nosso planeta. “

Exposição de Sebastião Salgado mostra Amazônia conservada e valoriza povos indígenas. — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação
Exposição de Sebastião Salgado mostra Amazônia conservada e valoriza povos indígenas. — Foto: Sebastião Salgado/Divulgação

“Eu fotografo o que há de mais humano em nós: a luta, o sofrimento, mas também a resiliência e a esperança”

“Estas imagens são um testemunho do que ainda existe, antes que mais comece a desaparecer. Para que a vida e a natureza superem o extermínio e a destruição, é dever dos seres humanos de todo o planeta participarem de sua proteção”.

 

Yanomani da comunidade de Maturaca, olhando para a montanha sagrada, onde acreditam que um deus vive. — Foto: Sebastião Salgado
Yanomani da comunidade de Maturaca, olhando para a montanha sagrada, onde acreditam que um deus vive. — Foto: Sebastião Salgado