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OMS comemora 20 anos de esforços para conter o tabagismo

OMS comemora 20 anos de esforços para conter o tabagismo

Atualmente, 5,6 bilhões de pessoas são impactadas por ao menos uma lei antitabagista desenvolvida com base em diretrizes da instituição

Para muita gente parece impossível imaginar que, anos atrás, ao comprar uma passagem de avião você deveria escolher não apenas a poltrona, mas também se desejava voar na área de fumantes ou não fumantes. Essa realidade também existia em restaurantes e até mesmo reuniões de trabalho em salas fechadas podiam ser tomadas pela fumaça dos cigarros.

Nas últimas décadas, as leis de combate ao tabagismo deram um enorme salto, impondo normas à indústria, aos usuários, aos meios de comunicação e a estabelecimentos de todo tipo. Essas regras buscam frear os efeitos nocivos que o fumo causa não apenas aos usuários, mas à sociedade como um todo – gerando a popularização do termo “fumante passivo”.

Esta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) celebra os 20 anos do pontapé inicial de seus esforços globais para a conscientização, regulação e diminuição do uso de cigarros e outros produtos com tabaco.

A primeira grande convenção para debater o assunto aconteceu em 27 de fevereiro de 2005, com o lançamento de um tratado. De acordo com a OMS, hoje mais de 5,6 bilhões de pessoas são impactadas por ao menos uma lei antitabagista desenvolvida com base em suas diretrizes.

A instituição também afirma que, através da convenção, 138 países passaram a exigir avisos de esclarecimento nas embalagens dos produtos feitos com tabaco. Atualmente, 66 países contam com proibições à publicidade, à promoção e a patrocínios referentes a empresas que fabricam cigarros e produtos similares. Além disso, mais de um quarto da população mundial vive em territórios com leis que proíbem o fumo em espaços fechados e de trabalho.

Mesmo assim, a OMS reconhece que o fumo ainda é um problema que merece atenção e mais esforços por parte do poder público. “O tabaco é uma praga para a humanidade. É a maior causa de mortes e doenças preveníveis do mundo”, diz Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, em um comunicado da instituição.